Sem querer reparei que o farol da moto estava acesso. Está bem, teria de acontecer, estávamos sem bateria. Segundo as indicações dos marcos da borda da estrada faltavam uns 5 km para chegar ao destino, Bac Ha.
Com umas horitas a empurrar a moto chegaríamos lá, pensávamos inocentemente. Durante a tortuosa experiência o destino parecia cada vez mais díficil de alcançar, e o dia começava a chegar ao fim.
Entretanto, cruzando com muitas crianças e alguns adultos que tentavam ajudar ou perceber o problema, parávamos para descansar. Continuamos e já atravessando uma aldeia, desta etnia, fomos sendo acompanhados por curiosos e curiosas até sermos abordados por um rapaz, num estado de embriaguez a tocar o coma mas que ainda o permitia falar e perguntar-nos para onde íamos (com o único inglês que falou) e quase que nos proíbiu de continuar e a obrigar-nos a ficar em sua casa… Preferi passar uma bela noite de humidade e frio sobre pedras massajantes.
Num outro momento de descanso depois de uma subida voltamos a ser inquiridos, desta feita, duas mulheres, uma mais nova e a outra mais velha, que ao perceber qual a varia e qual o destino, convidaram-nos a dormir em sua casa, para que assim, na manhã seguinte pudessemos ir à oficina da aldeia, que já estava encerrada, e continuar viagem. Só faltavam os tais 5 km para Bac Ha mas a luz do sol estava quase a desaparecer e não sabíamos muito bem onde nos íamos meter, e à parte, era um sonho realizado. (e foi muito conveniente que nem eu nem o Cesc soubéssemos que a moto funcionaria em segunda numa descida)
Já tinhamos sido convidados por vietmanitas para dormir nas suas casas de madeira, bambu e barro mas nunca tinhamos podido aceitar porque haviam metas a cumprir, os dias estavam contados.
Agora era o momento ideal para aceitar este convite desta mãe e filha. Foi o mais inteligente que fizemos já que afinal os 5 km estenderam-se para 40 num caminho que desfez a minha noção de estrada turtuosa e díficil, era muito pior. Os tais marcos da berma da estrada indicavam o início do distrito e não da cidade.
No meio de tudo isto, fui atacada por uma diarreia de ir ao mato de 5 em 5 minutos.
Foi duro percorrê-lo, física e emocionalmente, até porque já nos tinhamos perdido e caído noutra ocasião e o trauma estava presente, a dúvida a onde nos levava o caminho e o medo de cair que nem a nossa querida moto-cross Honda acalmou.
Às raras pessoas que encontravamos perguntei se estaríamos no caminho correcto (por gestos e sons) e quase todos se riam ou não respondiam.
No meio de tudo isto, tinha sido atacada por uma diarreia de ir ao mato de 5 em 5 minutos, e a alimentação praticada e oferecida pelos meus amigos Li, também não ajudou nada.
Quando chegamos a Bac Ha levamos com uma bofetada: toneladas de turistas a fotografar as senhoras Hmong que vendiam carteiras, tendas e tendas de produtos ‘étnicos’.
Desconhecia este tipo de choque, o choque perante o turismo fácil.
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obrigada!
daqui a nada há mais :)
Muito Fixe, Cecí! Fico à espera de mais fotos dessa grande viagem.
Merci beaucoup!! Je suis trés content!!
Bonjour Cecil, merci pour ce post, je vais le partager. J’aime beaucoup celle dans le champ, et les enfants qui jouent. Merci encore :)